Depois de meses de investigação, o Ministério Público Federal (MPF-RR), com base em uma denúncia feita na Controladoria-Geral da União (CGU), solicitou a abertura de inquérito policial na Polícia Federal (PF-RR). Essa solicitação era para que apurasse os fatos e conseguisse mais provas para compor o procedimento investigatório que acontece no MPF.
Com o levantamento de provas feitas pela PF como escutas telefônicas e depoimentos, o MPF também fez oitivas de alguns testemunhos para compor o processo, as duas instituições solicitaram à Justiça essa operação, denominada Zaragata, que faz alusão ao estado de desordem em que se encontra tanto a prestação dos serviços de transporte quanto os próprios contratos públicos.
Na manhã desta sexta-feira (14) a operação foi deflagrada, quando foram realizados mandado de busca e apreensão, prisões preventivas, com a finalidade de que não haja destruição de provas e se consiga mais depoimentos. De posse de mais informações, dezenas de outros documentos, que podem servir de provas, passam a ser analisados e juntados ao procedimento que vai compor a futura denúncia.
Tal denúncia, que é a ação penal, é quando o MPF, que é o titular da ação junto a PF, pede que a Justiça condene os envolvidos a prisão. Para a Justiça condenar, o MPF precisa juntar todas as provas em uma ação criminal, e solicitar a Justiça a condenação das pessoas.
O procurador da República, Érico Gomes de Souza, disse que é estarrecedor ver o que acontece no Estado de Roraima, com relação ao desvio de recursos públicos.
“A Operação Zaragata é resultado de uma atuação conjunta dos órgãos, iniciada no MPF em parceria com a CGU. Em um segundo momento, requisitamos à PF a abertura do inquérito policial e que fosse dado celeridade às apurações, afinal é um tema prioritário para o Estado. Com as investigações comprovamos que havia um simulacro de execução dos serviços de transporte escolar, com rotas que não existam ou que não eram prestadas. A investigação prossegue e novas pessoas podem ser investigadas”, destacou.