“Eu fiz a escolha de renunciar a ser host do próximo Oscar”, escreveu Kevin Hart no Twitter.
“Não quero ser uma distração em uma noite que deve ser comemorada por tantos artistas talentosos incríveis. Sinceramente peço desculpas à comunidade LGBT pelas minhas palavras insensíveis no passado.”
Tais palavras, consideradas preconceituosas, ficaram registradas em tweets resgatados assim que a Academia o confirmou como apresentador do Oscar 2019, que será realizado em 24 de fevereiro.
Em uma das mensagens, o comediante avisa que quebraria a cabeça do filho se o flagrasse brincando de boneca porque “isso é coisa de gay”.
Num outro post, Hart confronta um seguidor: “Você é algum tipo de BICHA GORDA que tira fotos de homenzinhos negros o dia todo?”
Antes de desistir de ser âncora da cerimônia, Hart havia escrito que não pediria desculpas para não se curvar aos ‘troladores’ da internet. Mas a pressão foi maior do que sua resistência.
Ele é o segundo humorista negro a perder a chance de ouro de comandar a cerimônia do Oscar por ser associado a uma postura homofobia.
Em 2011, Eddie Murphy desistiu da vaga poucos dias após ser anunciado. Ele havia sido convidado a ser ‘host’ por um amigo, o então produtor da festa, Brett Ratner.
Em uma conversa com jornalistas, Ratner soltou piadas homofóbicas. A reação negativa na imprensa e nas redes sociais o fez ser demitido pela Academia, e a troca de comando na direção da cerimônia obrigou Murphy a ceder a função de apresentador do Oscar.
Em noventa edições do prêmio, apenas dois artistas negros foram ‘hosts’: Whoopi Goldberg e Chris Rock.