Hospital Geral de Roraima, o maior do estado. Foto: Roraima 1

Roraima é o sétimo estado brasileiro onde o número de médicos mais cresceu nos últimos cinco anos. O levantamento foi feito pelo Conselho Federal de Medicina, que levou em consideração o número de pedidos de inscrição nos Conselhos Regionais da categoria. Nosso estado passou de 225 inscritos em 2013 para 743 novos cadastros em 2018, o que representa um crescimento de 30,28%.

O estudo mostra que o Brasil possui médicos ativos, com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), em número absoluto suficiente para atender às necessidades da população e, inclusive, para ocupar vagas abertas no Programa Mais Médicos (PMM). Em cinco anos, o total desses profissionais cresceu 21,03%.

Na avaliação do CFM, se comparado com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fica evidente que o percentual de crescimento da população médica foi 5,4 vezes maior do que o de crescimento da população em geral, nesse intervalo de tempo, que ficou em 3,7%. Nos últimos cinco anos, o País ganhou mais 7.462.186 habitantes, passando de 201.032.714 (em 2013) para 208.494.900 (em 2018).

Com o aumento registrado na população médica, também subiu a razão de médico por grupo de mil habitantes no Brasil, que passou de 1,93 (2013) para 2,24 (2018). Essa variação aproximou o indicador nacional de países como Coréia do Sul (2,2), México (2,3), Japão (2,4) e Polônia (2,5).

Atualmente, o Brasil conta com 466.135 médicos ativos, segundo números de outubro passado. Entre 2013 e 2018, um total de 98.006 médicos se inscreveram nos Conselhos Regionais de Medicina. Proporcionalmente, os maiores aumentos foram registrados nos seguintes estados: Rondônia (48,41%), Tocantins (46,85%), Piauí (37,35%), Paraíba (34,08%) e Amazonas (30,87%). Os menores percentuais de aumento foram registrados em: Distrito Federal (14,88%), São Paulo (15,47%), Rio de Janeiro (17,15%), Rio Grande do Sul (17,66%) e Alagoas (19,62%)

Diante dessa evolução, o Conselho Federal de Medicina destaca que há no Brasil médicos regularmente inscritos em número superior à necessidade apresentada pelo Programa Mais Médicos. No entanto, na avaliação da autarquia há que considerar a urgência de fortalecimento da Atenção Básica, em especial nos municípios mais carentes, dotando-os de infraestrutura, insumos, medicamentos, equipes multiprofissionais em saúde e acesso a rede de referência para encaminhar casos mais graves, pois são questões primordiais para que o trabalho médico e, consequentemente, o atendimento à população se deem de modo ético dentro de com padrões técnicos adequados.

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