Nesta semana, o vereador Linoberg Almeida (Rede) vai à Justiça para conseguir informações sobre quanto a Prefeitura de Boa Vista arrecada com a aplicação de multas de trânsito, por meio dos pardais eletrônicos. Outro questionamento do parlamentar é onde essa verba está sendo aplicada.
Segundo Linoberg, a prefeitura se nega a disponibilizar as informações. “Por meio de ofício, solicitamos ao Executivo municipal, mas não obtivemos resposta, pois a prefeitura alega que a forma de se conseguir esses dados é via requerimento, que deve passar pela aprovação do plenário da Câmara de Vereadores de Boa Vista”, informou.
O vereador explicou que fizeram o requerimento, foi aprovado em plenário e encaminhado à prefeitura. “Mas, mesmo assim não tivemos retorno, porque o Regimento Interno da Câmara não especifica um prazo para que a Prefeitura de Boa Vista se manifeste”, comentou Linoberg.
Além de quanto se arrecada com a aplicação de multas, o parlamentar quer saber se o dinheiro dessas infrações está sendo aplicado como diz a legislação: “exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”. “Esses recursos têm que utilizados para esses fins”, frisou.
O vereador disse que, mesmo com sinalização e implantação dos radares, o número de acidentes de trânsito não reduziu na Capital. “Não houve redução de acidentes nos 50 principais cruzamentos de Boa Vista, nos últimos 24 meses. Também não sabemos quanto foi investido em qualidade e melhoria da sinalização”, afirmou Linoberg.
Ele citou como exemplo de sinalização mal posicionada, em local desnecessário, o radar na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, em frente ao Parque Anauá. “Parece que esse equipamento foi implantado unicamente com o objetivo de multar. Por que a prefeitura não tirou esse radar e colocou nas proximidades da escola do Sesi, na Brigadeiro Eduardo Gomes, onde tinha um quebra-molas e foi retirado, facilitando assim a alta velocidade. Ali sim é um local onde passa muita gente e merece ter um pardal”, questionou.
O parlamentar afirmou que vai entrar na Justiça com um habeas data, um instrumento jurídico. “Vou protocolar, e esperamos que, via judicial, tenhamos acesso às informações solicitadas”, ressaltou o vereador, justificando que não entende porque a prefeitura se nega a repassar esses dados, que devem ser de conhecimento da população.
Prefeitura – A equipe do Roraima 1 entrou em contato com a Comunicação da Prefeitura de Boa Vista, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.