Após o presidente Lula (PT) ter sancionado com 62 vetos o Projeto de Lei que abre as portas para o desmatamento e destruição de riquezas naturais do país, o senador antiambientalista Dr. Hiran (PP-RR), deu mais um chilique quando o assunto em pauta era preservar o meio ambiente. Emitiu uma nota de repúdio pelo fato de o governo federal estar tentando manter a floresta de pé e colocar ordem nas riquezas do país. Para que criminosos e exploradores não extraiam R$ 60 milhões em ouro da natureza de forma letal e destrutiva, e escoe o produto roubado dentro de uma caminhonete com um bebê de colo, por exemplo.
“Recebo com indignação a notícia do veto presidencial ao Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental — uma medida que, ao contrário do que alega o Governo Federal, não representa retrocesso, mas sim um avanço equilibrado e necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, balbuciou.
“Em Roraima, o efeito será ainda mais grave. Nosso estado, que já enfrenta entraves logísticos, carência de infraestrutura e demora na análise de projetos, seguirá refém de processos burocráticos que podem levar anos para liberação de obras essenciais — como estradas, pontes, sistemas de energia, saneamento e irrigação”, disse, sem ter apresentado sequer um único projeto de ponte, estrada ou sistema de irrigação e saneamento que tenha sido discutido para Roraima, sobretudo que tenha sido sugerido por ele, enquanto senador da República.
“Com esse veto, o Governo fecha as portas para um marco legal moderno, que poderia destravar obras estratégicas e melhorar a vida da nossa população, especialmente nas áreas mais isoladas”, continuou sem prestar qualquer esclarecimento da cadeira produtiva que concentra as riquezas mencionadas por ele. Dr. Hiran esqueceu-se ainda de citar seus amigos e aliados políticos, como o próprio governador de Roraima e seu correligionário número 1, Antonio Denarium (PP), que pode aqui ser mensurado como maior exemplo de alguém que pertencente ao grupo seleto de empresários que concentram toda a riqueza do agronegócio roraimense.
Eles querem mais terras para destruírem mais e enriquecerem mais. Não é para a agricultura familiar, para o cooperativismo. É para o frigo10, 11, 12… e tudo mais aquilo que comporte o grupo que quer ver o indígena fora da floresta e a floresta no chão.
“Reafirmo meu compromisso de lutar no Congresso Nacional para derrubar este veto e garantir que Roraima e o Brasil possam avançar com responsabilidade, respeito ao meio ambiente e, principalmente, oportunidades para todos”, finaliza destoando completamente daquilo que ele mesmo pede.
Histórico de Dr. Hiran
Autor de propostas como a volta do Marco Temporal, que reduz direitos indígenas e retira terras de quem as protege,entregando-as à exploração comercial desmedida, o senador que menos trabalha por Roraima traz em seu currículo ainda uma falida CPI das Bets, que terminou em absolutamente nada, ainda tendo sido nacionalmente ridicularizado pela falta de compostura diante de celebridades – sendo, em alguns casos, até tiete delas. Isso sem contar com as insinuações que a vice-presidente desta CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ainda fez contra ele: insinuou publicamente que ele agiu para sabotar os trabalhos da própria CPI.
Na ocasião, o senador por Roraima repudiou as falas e elevou o tom contra Soraya – pediu que ela falasse o nome de quem recebeu milhões de reais das bets para encerrar a Comissão sem nenhum parecer conclusivo ou indiciamento qualquer. Depois disso, ela própria relatou ter sido ameaçada à Polícia Federal, mas não disse por quem. Temendo pela própria vida, se calou.
A sabedoria da floresta é realmente muito maior do que um simples observador como eu possa opinar. Sábio mesmo foi Davi Kopenawa quando explicitou “Dr. Hiran não é pessoa boa e nem honesta”, durante entrevista em novembro do ano passado.