Teresa Surita. Foto: divulgação.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), inaugurou por lá, na semana passada, o parque “Gigantes da Floresta” – uma reprodução das nossas selvinhas amazônicas e praças molhadas em Boa Vista. Com foco na Primeira Infância, esse tipo de equipamento público é, comprovadamente (pela ciência), eficaz no processo de ensino-aprendizagem dos pequenos nos seus primeiros anos de vida, a formação-mater do ser humano.

Parque “Gigante das Floresta”, em Manaus. Foto: Paulo Bindá/A Crítica.

E se tem alguém responsável por esse tipo de movimento em outras cidades do Brasil, é Teresa Surita (MDB). A ex-prefeita da capital roraimense e ex-deputada federal (responsável pela relatoria da “Lei da palmada“, em 2011) é referência no Brasil e também em outros países quando o assunto é defender os interesses da Primeira Infância. Há onze anos, ela foi a precursora desse movimento, ao estudar – com profundidade – e se especializar “honoris causa”, no efeito positivo da aplicação de recursos públicos neste tipo de acerto. Teresa é tida hoje, no Brasil, como a guru da Primeira Infância.

A responsabilidade de trilhar os caminhos para o desenvolvimento humano a partir de ações e equipamentos públicos para a formação infantil nos primeiros seis anos de vida virou o livro “A Primeira Infância é para sempre”, em 2022. Assinada por Teresa, a obra serve como guia para políticos e multiprofissionais da educação, saúde e de tantas outras áreas, além de ser objeto de estudo científico em universidades afora. Até em Havard, a Universidade mais famosa do mundo, Teresa já palestrou sobre o assunto. Convicta de que cada valor investido com esse tipo de política pública retorna sete vezes mais para este pequeno cidadão na fase adulta, a ex-prefeita merece o crédito pelos bons resultados dessas ações.

Em 2013, quando Teresa Surita iniciou a metodologia,  Boa Vista passou a ser construída sob o olhar infantil, investindo em praças e equipamentos públicos específicos para esta finalidade. Receberam temas infantis escolas, postos de saúde, abrigos de ônibus, dentre outros locais de uso comum. Esses espaços passaram a ser preparados para oferecer um momento de aprendizagem, diversão e, sobretudo, o fortalecimento dos vínculos entre pais e filhos. O modelo é sucesso, nas palavras de quem recebeu as benfeitorias.

Boa Vista até hoje recebe analistas dos Estados Unidos, Europa, Ásia e de inúmeros municípios brasileiros, para aprender, com os bons resultados da nossa capital, quais caminhos trilhar. Programas fixos como o Família Que Acolhe (FQA), mantidos desde então pela gestão municipal, integram o cenário adequado para obtenção desses resultados.

Sem mandato, mas sem deixar de fazer política séria, Teresa hoje participa de inúmeros debates sobre políticas públicas que foram adotadas para a boa condução de nossa cidade. O Nexo Jornal a convidou, no fim do mês passado, para uma conversa sobre como as cidades acolhem a infância. Deu aula.

Bons exemplos devem ser passados adiante. O prefeito de Manaus fez certo e mostrou que a gestão da capital do Amazonas tem muito mesmo a aprender com os exemplos e com o trabalho de Teresa. Trabalho este que nos rende até hoje o título de Capital da Primeira Infância. Para o mundo inteiro saber quem somos.

À nós, que aqui vivemos, resta o desejo de que todas essas ações cheguem aos lugares mais remotos de Roraima. Nosso estado um dia também vai alcançar esse posto: o Estado da Primeira Infância. Já temos gente qualificada pra fazer isso. É só deixar quem entende trabalhar.

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