A governadora Suely Campos (PP) sai de cena e cabe ao governador eleito, agora interventor, devolver a estabilidade ao estado e garantir a confiabilidade do cidadão roraimense no poder público. Mais do que colocar as contas em ordem, em meio ao maior caos institucional já enfrentado na história de Roraima, que volta ao status de território federal depois de 30 anos, Denarium tem a maior de todas as missões: devolver a esperança ao cidadão de Roraima.
Pagar a conta não é governar. Nesse “estágio” que o governador eleito foi inserido, (não poderia haver pior prova de fogo, diga-se) o desafio é muito maior do que receber recursos federais e pagar os salários atrasados. Havendo dinheiro em caixa, tudo fica mais fácil. A questão é: a partir de primeiro de janeiro, o que será de nós?
Não me refiro à competência do governador, mas sim ao caixa do governo. Temer não vai estar mais lá pra mandar dinheiro. E não se sabe se o novo presidente terá a mesma conduta para com as dívidas deixadas pelo governo anterior. O que Denarium vai/pode fazer, só o tempo dirá. O fato é que diante de um completo caos administrativo, colocar a casa em ordem não é questão de poucos dias.
Primeiro vem o inventário das dívidas. Depois, quando o dinheiro começar a ser arrecadado e entrar na conta, é que as prioridades vão ser estabelecidas. Folha de pagamento? Fornecedores? Não sabemos. Mas não é tempo ainda de cantar vitória, para nenhum de nós. Para que o trabalho avance e uma solução se aproxime, o momento pede cálculos certeiros.
O comércio, que já não sabe o que fazer para se manter de pé, depende, antes de tudo, da confiança dos cidadãos. É aí onde eu enfatizo que chegou a hora do interventor falar ao povo: “Podem confiar. Não parem. Comprem, consumam. É disso que precisamos para não brecarmos nosso crescimento econômico ainda mais”. Até que isso aconteça, que tem crédito na praça ou algum dinheiro guardado, não vai comprar nada além do essencial.
Sem esperança não há confiança. O momento não é só de ajuste administrativo. É, antes de tudo, de fazer o roraimense ter a certeza de que os bons tempos chegaram.