Durante uma cerimônia militar no Rio de Janeiro, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, falou neste sábado sobre os planos para os imigrantes venezuelanos que estão entrando no país. Soltou um “não vamos devolvê-los, eles não são mercadorias”.
A questão é que ontem mesmo o governador eleito de Roraima e aliado de Bolsonaro, Antônio Denárium, já tinha concedido entrevista ao portal de notícias UOL, propondo o fechamento da fronteira e dito que uma das opções cogitadas para lidar com o grande fluxo de pessoas seria a criação de um “programa de devolução” de venezuelanos para o país vizinho.
Faltou os dois combinarem direitinho. Ou, pelo visto, Bolsonaro não gostou da proposta de Denárium.
O capitão parece ter se aconselhado com pessoas não tão próximas a Denárium para estar lidando com o problema migratório de uma forma tão sensível. O fato é que a resposta de Bolsonaro parece ter sido direcionada ao novo governador de Roraima, deixando a dúvida no ar: essa parceria tão forte vai gerar os frutos que o povo de Roraima tanto espera?
Está aí a primeira prova de que as linhas de pensamento do novo presidente e do novo governador podem não estar tão próximas assim. Já temos um impasse, antes mesmo da posse. O que vem por aí? Só o tempo dirá.