Homem foi levado ao HGR, mas não resistiu aos ferimentos. (Foto: Secom/arquivo)

Um relatório do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) apontou um alto risco de contaminação e infecção hospitalar a pacientes submetidos a cirurgias realizadas pelo Hospital Geral de Roraima (HGR). O documento diz que não há equipamento para testar a esterilização do material cirúrgico.

O relatório foi divulgado após fiscalização na unidade hospitalar no último dia 21 de maio. A vistoria verificou que estão ocorrendo cirurgias de urgência e emergência com material cirúrgico “possivelmente” contaminado.

O CRM informa que para testar a segurança de esterilização do material é recomendada a utilização de três testes diferentes. Atualmente, nenhum desses testes está disponível.

A fiscalização apontou ainda que o trabalho de lavagem dos materiais cirúrgicos está sendo manual, dez carrinhos de anestesia quebrados, falta de impressão dos exames radiológicos de imagem (RX, Tomografias, Ultrassonografias) e falta de escova para degermação das mãos, que deve ser utilizada por todos os profissionais antes de qualquer procedimento cirúrgico.

O que Saúde diz
A Secretaria de Saúde (Sesau) informou, por meio de nota, que recebeu o relatório do CRM  no início da tarde de terça-feira (28). “O documento está sendo analisado pelo secretário de Estado da Saúde para posterior resposta ao órgão”, disse o documento.

A nota destacou que o estado está trabalhando para regularizar o estoque de materiais médico-hospitalares das unidades estaduais de saúde. Os itens necessários para a realização de procedimentos cirúrgicos estão sendo adquiridos por meio de dois processos licitatórios, sendo um em caráter emergencial e o outro anual, ambos em fase final de tramitação.

Informou ainda, que se tornou necessária a realização de um contingenciamento desses materiais, e que por esse motivo, as cirurgias eletivas, que são aquelas que podem esperar, estão temporariamente suspensas, para priorização das cirurgias de urgência e emergência.

“Tão logo esses materiais sejam entregues ao estado, os procedimentos cirúrgicos eletivos serão retomados, conforme leis vigentes de priorização da Fila Única do SUS”, concluiu a Sesau.

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