Lula e Maduro. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou durante um comício, mas sem mostrar provas, que as eleições no Brasil não são auditadas. O país vizinho terá eleições presidenciais no próximo domingo (28). Maduro está há 11 anos no poder e quer ganhar mais seis anos.

Na realidade, o sistema eleitoral brasileiro é auditável em todas as suas etapas.

O venezuelano também questionou os sistemas eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia. Maduro disse que a Venezuela “tem o melhor sistema eleitoral do mundo”.

“Temos 16 auditorias. Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoral. No Brasil não auditam um registro. Na Colômbia não auditam nenhum registro”, afirmo.

Há alguns anos, a Venezuela realiza eleições sob desconfiança da comunidade internacional. Em 2018, Organização para os Estados Americanos, União Europeia, EUA e Austrália não reconheceram os resultados.

Neste ano, Maria Corina Machado, principal nome da oposição a Maduro, foi impedida de concorrer pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao presidente.

“Chá de camomila”

Maduro também respondeu aos comentários criticando sua declaração na última semana, quando disse que a Venezuela poderá enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja eleito.

“Quem se assustou que tome um chá de camomila”, disse o presidente venezuelano.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um dos que criticou a declaração de Maduro.

“Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue”, afirmou.

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