Foto: Lohana Chaves/Funai

Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) está buscando maneiras de melhorar o acesso à Terra Indígena Yanomami (TIY). Para isso, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, aproveitou sua agenda no Reino Unido para visitar a indústria FAUN Trackway Limited, no País de Gales, nesta segunda-feira (24). A presidenta destaca que a empresa possui tecnologia inovadora para a construção de pistas de pouso em áreas remotas.

“Essa indústria tem desenvolvido materiais para pistas de pouso, e hoje a Funai está aqui, em uma articulação da Diretoria de Proteção Territorial, visando à reforma das pistas na Terra Indígena Yanomami. Isso visa permitir a chegada de cestas de alimentos e facilitar o acesso do serviço público ao território”, ressalta Joenia Wapichana.

Também acompanharam a visita a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lúcia Alberta, e a assessora de Comunidades e Florestas na Embaixada do Reino Unido no Brasil, Iara Menezes.

O objetivo da Funai, em parceria com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), é promover obras de melhoria em cinco pistas de pouso e decolagem na Terra Indígena Yanomami, facilitando assim a presença do Estado brasileiro para promover os direitos dos povos indígenas e restaurar sua autonomia e bem-estar. As pistas que devem passar por melhorias, conforme contrato com a Infraero, estão localizadas em Auaris, Surucucu, Missão Catrimani, Maloca Paa-Piu e Palimiú, todas em Roraima.

O gerente comercial da FAUN apresentou a tecnologia utilizada pela empresa. De acordo com ele, o material é projetado para minimizar os danos ambientais e proteger habitats delicados, além de ser 100% reciclável. A durabilidade também é superior em comparação a outros materiais. Os painéis, feitos de alumínio, reduzem os danos causados nas pistas — um problema frequente na região. A Funai está avaliando as opções para qualificar o atendimento aos povos da região.

Com mais de 9,5 milhões de hectares, uma área maior que Portugal, a TIY é o maior território indígena do Brasil. A extensão e as especificidades da área apresentam desafios logísticos significativos para atender as necessidades dos indígenas.

A Funai é responsável por coordenar e orientar a política indigenista no Brasil. A autarquia tem priorizado o diálogo com os povos indígenas como forma de melhor atendê-los, respeitando a diversidade e especificidade de cada um. Para enfrentar a emergência na TIY, agravada pelo garimpo ilegal, a Funai e outros órgãos do Governo Federal têm empenhado esforços para retirar os invasores e atender os povos da região.

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