Seca no Amazonas Foto: Ricardo Oliveira/ Agência Cenarium.

Atravessando uma seca sem precedentes, a Amazônia registrou pelo menos 21 mínimas históricas no volumes de seus rios nos últimos dois meses. Os dados são do Serviço Geológico do Brasil (SGB), ligado ao Ministério de Minas e Energia.

Desde 1º de setembro, o serviço reforçou o monitoramento do volume de água nos rios da Região Amazônica. Nesse período, houve 92 medições. Destas, 21 vazões (volume de água) foram mínimas históricas. Em suma, a cada cinco mensurações, uma trouxe resultados negativos recordes.

As mínimas históricas foram identificadas em 13 rios. Sete estão no Amazonas, quatro em Rondônia, um no Pará e um no Acre. Os rios ficam nas seguintes cidades: Tabatinga (AM), Manacapuru (AM), Itacoatiara (AM), Jatuarana (AM), Prosperidade (RO), Itapéua (AM), Seringal da Caridade (AM), Capixaba (AC), Manaus (AM), Pimenta Bueno (RO), Sítio Bela Vista (RO), Tabajara (RO), e Óbidos (PA).

Tabatinga, Manacapuru e Itacoatiara tiveram três mínimas históricas em três medições. O Rio Negro, em Manaus, o sétimo maior do mundo, teve uma mínima histórica em duas aferições e alcançou seu pior nível em 121 anos, desde o começo da série histórica. Nesta sexta-feira (27/10), seu volume de água estabilizou-se depois de 131 dias de baixa.

A seca histórica na região afetou todas as 62 cidades do Amazonas, com 60 em estado de emergência e duas em alerta. Ao menos 600 mil pessoas são impactadas diretamente pela estiagem.

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