Foto: Jonathas Oliveira/Semuc BV.

A Prefeitura concluiu nesta quinta-feira, dia 9, a fase de diagnóstico do processo de revisão do Plano Diretor de Boa Vista, com uma Audiência Pública na praça Clotilde Thereza Duarte de Oliveira, no Nova Cidade. O evento permitiu à população conhecer e debater as análises feitas até o momento, assim como apresentar críticas construtivas e sugestões valiosas para o futuro da cidade.

O prefeito Arthur Henrique participou da audiência, onde destacou a importância do Plano Diretor para o futuro da cidade. “Esse é o principal instrumento para garantir o crescimento ordenado de nossa cidade. Atualmente, Boa Vista é a capital que mais cresce em termos de população e já estamos pensando nos problemas que enfrentaremos daqui a algum tempo”, declarou.

Arthur destacou também que é preciso começar as intervenções para garantir qualidade de vida para a população. “Precisamos assegurar que Boa Vista alcance um crescimento sustentável, preservando a qualidade de vida invejável que a cidade oferece. Todos que chegam aqui vindos de outros lugares do Brasil se surpreendem com a arquitetura de nossa cidade e com o seu ordenamento”, disse o prefeito.

Moradores apresentam suas contribuições ao plano

A moradora do Nova Cidade, Cláudia Silva, destacou a importância de colaborar com o processo de revisão do Plano Diretor. “Com a expansão da cidade, a biodiversidade vai diminuindo e os problemas decorrentes desse tipo de ocupação também aumentam e se tornam mais numerosos. Precisamos encontrar soluções para problemas como casas que são feitas em cima de regiões mais suscetíveis a alagamentos, áreas de preservação que são invadidas e devastadas para construção de casas”, declarou.

Também contribuindo para o diálogo, o estudante universitário Yano Rodrigues levantou a questão dos possíveis impactos no clima com possíveis construções de prédios altos. “Me preocupo com a questão da temperatura e com a falta de circulação de vento na cidade, principalmente se essas edificações ficarem próximas às margens do rio Branco e isso acabar impedindo a circulação do vento”, destacou.

Yano também manifestou preocupação em relação a moradia. “Os aluguéis subiram muito e ficou muito caro comprar casa ou terreno. Isso acaba fazendo com que as pessoas mais pobres acabem invadindo áreas de preservação permanente, porque elas ficam sem alternativas”, afirmou o estudante.

Próximas etapas – O presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur), Sérgio Pillon, explicou que a audiência pública marcou o encerramento da fase de diagnóstico, preparando o terreno para a etapa de proposições, na qual a população será novamente chamada a contribuir com o processo.

“Junto com o Plano Diretor, estamos revisando outras duas importantes legislações. Uma delas é a Lei de Uso e Ocupação do Solo, que determina que tipo de construção pode ser feita, quantos pavimentos podem ser construídos, entre outras regras. Outra é a Lei de Parcelamento de Solo, que determina como as novas regiões da cidade, que estão crescendo agora, serão divididas. A previsão é que todo o procedimento seja concluído até janeiro de 2024, com a sanção da lei pelo Executivo Municipal”, pontuou.

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