O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) anunciou nas redes sociais nesta terça-feira, 25, que começou a fazer parte do Parlamento Amazônico (Parlamaz). O Parlamento, que foi reinstalado em 2020, tem representantes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana, Equador e Guiana Francesa. Os integrantes se reúnem nesta terça-feira e quarta-feira, 25 e 26, na sétima edição do evento realizado em Belém, no Pará.
Pazuello, que é deputado federal pelo Rio de Janeiro, Estado fora da Amazônia Legal, anunciou a integração junto ao Parlamaz por meio do twitter. “Agora faço parte do Parlamaz, o Parlamento Amazônico. O grupo busca colocar em prática o Tratado de Cooperação Amazônica, também conhecido como Pacto Amazônico. Meu propósito é a garantia da nossa soberania nacional”, publicou.
Os sete países que compõem a Pan-Amazônica estarão reunidos nesses dois dias na capital paraense. Na abertura do evento, o Brasil foi representado pelo presidente do Parlamaz, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o senador Zequinha Marinho (PL-PA) e os deputados federais Socorro Neri (PP-AC) e General Pazuello (PL-RJ). O grupo tem o objetivo de discutir questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Polêmicas
Amazonense, Eduardo Pazuello foi ministro da Saúde durante o Governo Bolsonaro e foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, em 2022. Foi durante a gestão de Pazuello que ocorreu a crise de oxigênio no Amazonas, no dia 14 de janeiro de 2021, durante a pandemia da Covid-19. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada no Senado Federal para investigar a atuação do governo federal na pandemia, constatou que o poder público federal foi informado sobre o risco de desabastecimento, semanas antes, e não tomou providências.
De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), mais de 60 pessoas morreram em todo o Estado por conta da falta de oxigênio. Mais de 500 pacientes foram transferidos às pressas para hospitais em outros Estados.
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil de improbidade administrativa contra Eduardo Pazuello, a ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Isabel Correia Pinheiro — conhecida como “Capitã Cloroquina“ — o ex-secretário de Atenção Especializada à Saúde Luiz Otávio Franco Duarte, o secretário Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, e o coordenador do Comitê de Crise do Amazonas, Francisco Ferreira Máximo Filho.
Em 2020, a Justiça Federal da 1ª Região, por meio do juiz federal Diego Oliveira, julgou improcedente a ação do MPF.