Os deputados Alberto Fraga (PL-DF) e Nicoletti (União-RR), que disputam o comando da bancada da bala (Paulo Sergio e Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

A chamada bancada da bala na Câmara, formada por deputados ligados à área de segurança pública e outros defensores da pauta armamentista, enfrenta um barulhento racha em torno do seu comando. A briga para ver quem vai presidir a Frente Parlamentar de Segurança Pública, tem dois candidatos: Alberto Fraga (PL-DF), ex-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, e o policial rodoviário federal Antonio Carlos Nicoletti (União Brasil-RR).

O atual presidente do grupo, deputado Capitão Augusto (PL-SP), apoia a eleição de Fraga e protocolou um requerimento no dia 7 de fevereiro para que a frente seja reinstalada nesta legislatura, um procedimento obrigatório para a renovação das frentes parlamentares. Dez dias depois, Nicoletti também correu atrás de assinaturas dos colegas e apresentou um pedido semelhante para que ele presidisse o grupo.

Fraga criticou o movimento do colega, que classificou como “sorrateiro”. Segundo o deputado, vários parlamentares assinaram os dois requerimentos sem saber que havia uma briga pelo comando da bancada. Ele afirmou ainda que ofereceu a Nicoletti que ele assumisse outro cargo, como coordenador da frente, mas não houve acordo.

Os deputados também sugeriram um revezamento entre Nicoletti e Fraga — cada um ficaria um ano à frente do grupo –, mas até agora ainda não houve acordo. “Quem tiver mais apoio vai vencer. A proposta é fazer um revezamento, mas ainda estamos em um embate”, diz o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM). “É uma guerra de vaidades”, resume General Girão (PL-RN).

Nos bastidores, a briga inclui a troca de ofensas e uma guerra de versões sobre quem tem mais assinaturas de apoio. O impasse pode ter que ser resolvido por meio de votação ou arbitrado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A briga ocorre em um momento em que os deputados armamentistas tentam se mobilizar para derrubar as medidas tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para restringir o acesso às armas pela população civil, que foi bastante flexibilizado no governo Jair Bolsonaro.

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