Os ministérios do Planejamento, da Justiça e Segurança Pública e dos Povos Indígenas assinaram, nesta quinta-feira (2), um termo de cooperação com o IBGE para finalizar o Censo Demográfico na Terra Indígena Yanomami.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a credibilidade do IBGE e ressaltou o simbolismo de encerrar o censo com a população indígena.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o país vive um momento de “negacionismo censitário” e disse que colocará três helicópteros à disposição dos pesquisadores.
A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério da Defesa também vão participar da operação do censo no território Yanomami.
Em dezembro passado, a Defensoria Pública da União (DPU) já havia emitido recomendação para que o IBGE contratasse táxi aéreo a fim de que o recenseamento pudesse ser concluído.
“É pública e notória a situação de extrema vulnerabilidade social a que atualmente se encontram submetidas as Comunidades Yanomani e Wajãpi, expostas à invasão de suas terras para extração irregular de madeira e execução, mediante uso de mercúrio, de atividade garimpeira ilegal, o que dispensa a produção de prova, nos termos do art. 374, I, do Código de Processo Civil”, argumentou a Defensoria na ocasião.
A população Yanomami está distribuída entre Amazonas e Roraima. O Censo conseguiu acessar a região conhecida como Demini devido a existência de uma pista de pouso, mas nas áreas motanhosas no Amazonas só é possível chegar de helicóptero.