Sede da Superintendência da Polícia Federal em Roraima. Foto: Divulgação/PF

Anunciada pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, a nova Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal foi comemorada pelo delegado aposentado e escritor Jorge Pontes, o criador da unidade de combate aos crimes ambientais da corporação nos anos 1990.

Segundo o delegado, a nova diretoria é uma sugestão do seu mais recente livro: “Guerreiros da Natureza – a história do combate aos crimes ambientais na Polícia Federal”.

O trabalho conta a história da criação da unidade da PF que tem se mantido com a mesma estrutura até o momento presente. No livro, Pontes elenca várias sugestões para a redução do crime ambiental na Amazônia, incluindo a proposta da diretoria.

“É um ótimo começo para o novo ministro da Justiça, Flávio Dino e o novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. Eles tiraram o combate aos crimes ambientais da ‘terceira divisão’ do carioca para disputar a ‘Champion League’”, comparou.

Flávio Dino anunciou a nova diretoria como uma resposta às demandas de setores da sociedade para com a situação da Amazônia tanto no País quanto no exterior. Além da percepção de que os crimes ambientais agora ocorrem em estruturas que pertencem ao narcotráfico ou à lavagem de dinheiro e outros.

Para Pontes, o que acontece a partir de agora é que a Amazônia começa em pé de igualdade com os demais setores da PF. “Agora, nas reuniões de superintendentes, quando estiverem lá todos sentados, a Amazônia estará representada. E digo mais: A nova divisão tende a se tornar a mais importante da PF, porque hoje não há tema mais importante para o País do que a Amazônia”, diz.

Próximos passos

O delgado elogia o diretor escolhido para comandar a PF nas ações sobre a Amazônia, o atual secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco, Humberto Freire de Barros.

“É um obstinado pelo trabalho. Fui chefe dele. É um guerreiro e vai se se cercar de grandes quadros técnicos”, comentou.

Pontes destaca que o próximo passo é justamente dotar a diretoria de quadros técnicos, com atenção especial aos peritos e trazer de volta para PF quadros que foram formados no combate ao crime ambiental, incluindo delegadas e agentes mulheres.

Estados

A outra medida, sugere o delegado e escritor, é que o exemplo seja seguido pelas secretarias estaduais de segurança, sobretudo as dos Estados do Norte, para ações coordenadas.

“Essa nova diretoria precisa muito também estar coordenada com o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama (Instituto Brasileiro de Proteção ao Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis)”, reforça.

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