Após a Polícia Federal ter deflagrado na manhã desta quinta-feira (29) uma operação visando coibir a venda de votos nas eleições 2022, em endereços de pessoas ligadas diretamente à campanha de reeleição do governador Antonio Denarium (PP), ele tenta justificar a operação e ligar a sua opositora Teresa Surita (MDB), às investigações federais.
Em nota divulgada após o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão na casa de seu ex-chefe da Casa Civil e atual operador financeiro de sua campanha, Disney Mesquita, e de policiais civis e militares, o governo se diz “tranquilo”, com o trabalho da Polícia Federal.
“Lamentamos que ato tenha sido originado pelo desespero de quem deveria SIM, estar preocupado com a polícia, que é a dupla concorrente ROMERO E TERESA JUCÁ e seus familiares, que têm sobre si, uma gama de processos de corrupção, lavagem de dinheiro entre outros. […] Militantes da chapa adversária vem se dirigindo às forças policiais nos últimos dias, em especial a Polícia Militar, de forma desrespeitosa, esquecendo que a PM é uma força auxiliar de segurança nas eleições e, portanto, está disponível para, além de sua função institucional, auxiliar os demais órgãos fiscalizadores como o Tribunal Regional Eleitoral.”, diz o comunicado oficial da campanha do governador.
Utilização das forças policias do Estado
A menção que Antonio Denarium faz aos opositores veio após a candiditada do MDB, Teresa Surita, denunciar que seus escritórios estão sendo monitorados 24h por dias por viaturas policiais da Polícia Militar de Roraima, em tentativa de intimidação.
“Denarium, não tenho medo de você. Você não me intimida e nosso povo tem coragem e não tem preço. O grito de liberdade será dado nas urnas. O Denarium não tem coragem de me enfrentar nos debates, e tenta me intimidar se utilizando da polícia, mandando em todos os nosso prédios, abordando nossos voluntários na rua para intimidar. Respeite a corporação da Polícia Militar. Aja como homem”, respondeu Teresa em suas redes sociais.