Projeto Orinoco, financiado pela USAID, atende migrantes e refugiados venezuelanos que vivem em Boa Vista e em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, desde 2019. Foto: Cáritas

Ao menos 11 mil migrantes e refugiados, vindos da Venezuela e que estão em situação de rua, foram atendidos pela Cáritas em Roraima por meio do Projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras, com serviços de água, saneamento e higiene, durante a pandemia de Covid-19 no estado. Os dados foram contabilizados desde a reabertura das instalações sanitárias do projeto, em novembro do ano passado, até o último dia 31 de julho.

Conforme o assessor local de monitoramento, Wellthon Leal, um dos encarregados de acompanhar as metas e indicadores do projeto, a previsão era atender nesta segunda fase do Orinoco 6.554 migrantes únicos. Ele cita que a reabertura parcial da fronteira Brasil/Venezuela, pelo governo brasileiro, em junho deste ano, contribuiu com o salto dos números.

“No mês de julho houve um grande aumento de cadastros e acessos às instalações do Projeto Orinoco, sobretudo em Pacaraima [cidade fronteira com o país vizinho ao Brasil]. Em Pacaraima, os acessos saíram de 1.018 em junho para 3.025 em julho, cerca de três vezes mais”, contou Leal. Nos últimos oito meses, o projeto atendeu 10.766 pessoas.

Foto: Cáritas

Todos os números de acesso único, e também o perfil da população atendida, são acompanhados e publicados mensalmente pela equipe de monitoramento do projeto na plataforma de dados Power Bi. Acesse aqui os dados.

O PROJETO

Orinoco, financiado pela pela Agência dos Estados Unidades para o Desenvolvimento Internacional e Bureau for Humanitarian Assistance (BHA/USAID), atende a população em extrema vulnerabilidade social e econômica, que vive na capital Boa Vista e em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, desde 2019.

O projeto possui, nas duas cidades assistidas, locais estruturados com banheiros, duchas, lavanderias e bebedouros. Na capital são três instalações e em Pacaraima, uma.

Além das instalações sanitárias, o Orinoco também promove melhorias de água e saneamento em 15 ocupações espontâneas (locais que possuem estruturas improvisadas) atendidas pela Cáritas em Roraima, na capital do estado e na fronteira com o país vizinho.

Foto: Cáritas

Nestes locais, são garantidos módulos de banheiro, com sanitário, chuveiro e pias; estações de lavagem de roupas; melhorias nas estruturas já construídas pelas comunidades; e distribuição de kits de limpeza e de higiene pessoal, com momentos educativos, como resposta de proteção ao coronavírus.

Em abril deste ano, Orinoco também estendeu as ações para as comunidades indígenas Tarau Paru, Sorocaima e Bananal, na região do Alto São Marcos, em Roraima, que têm recebido indígenas Taurepang do lado venezuelano, diante ao agravamento na crise migratória, política e econômica, enfrentada pela Venezuela desde 2015.

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