Sem equipamentos específicos para ventilação mecânica dos pacientes graves, é muito provável que número de mortes aumente Foto: Reprodução

O Estado de Roraima possui hoje 95 aparelhos de ventilação pulmonar mecânica, para atender os casos graves de pacientes acometidos pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

A situação mais delicada para os infectados consiste na insuficiência respiratória. Sem equipamentos específicos para a ventilação mecânica dos pacientes graves, é muito provável que o número de mortes aumente, durante o período de alta disseminação da Covid-19. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, dos 95 equipamentos disponíveis hoje em Roraima, 46 estão no Hospital Geral, 11 no Hospital das Clínicas e 38 na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré.

O governo informou que articula junto à bancada federal roraimense outras 40 unidades que estariam retidas pela União. 

“A Coordenadoria Geral de Urgência e Emergência está articulando junto à bancada roraimense no Congresso Nacional a possibilidade de liberação de mais 40 ventiladores pulmonares que estão retidos pelo Governo Federal pertecentes ao Estado. Esses equipamentos devem reforçar as demandas do Hospital Geral e Hospital das Clínicas, que são as unidades de referência para o atendimento de paciente que necessitem de ventilação pulmonar, principalmente no atual cenário de pandemia do novo coronavírus”, disse a Sesau em nota. O motivo dos equipamentos estarem retidos não foi esclarecido pelo Ministério da Saúde à reportagem.

Intervenção na rede particular de hospitais 

A preocupação dos hospitais privados, que também contam com ventiladores mecânicos, é que haja uma apropriação indiscriminada de seus equipamentos daqui para frente com base em decretos autorizando esse tipo de ação —como já está ocorrendo em alguns estados.

“Entendemos que seja uma emergência de saúde pública, mas há todo um planejamento e contratos que estão sendo interrompidos”, diz Marco Aurélio Ferreira, diretor-executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). “É uma situação muito preocupante, que demandaria outro tipo de organização”, destacou.

A decisão tem como base a Lei 13.979, de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento à epidemia do novo coronavírus.

Sobre a necessidade de intervir na rede particular de saúde em Roraima, utilizando leitos e aparelhos, o governo do Estado não respondeu se já iniciou alguma tratativa neste sentindo com hospitais ou clínicas particulares locais.

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