Sob o pânico do coronavírus, um novo golpe está sendo arquitetado pela política velhaca brasileira. Ao anunciar o plano de combate ao coronavírus, que vai distribuir R$200,00 aos trabalhadores informais e aquelas pessoas que não recebem benefícios do Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC), prefeitos já estão de olho nessa verba para montar seus currais eleitorais.
Sem antes tomar qualquer medida e mesmo não havendo riscos iminente de contaminação, existem prefeitos decretando estado de calamidade pública de olho na bolada que serão repassada às prefeituras. Serão R$38 milhões a serem destinados aos trabalhadores informais de qualquer espécie é até mesmo flanelinhas.
Como nesse Brasil tudo vira bandalheira, esse vale de R$200,00 estão sendo vistos como uma moeda eleitoral, em que os beneficiados serão escolhidos como se fossem futuros cabos eleitorais. É por isso que é importante a fiscalização de como serão feitos o cadastro e o pagamento dessa ajuda social para quem for afetado economicamente pelas medidas de isolamento social.
Em Roraima, prefeituras que vivem em estado de calamidade há tempos, sem recursos e sem estrutura, estão preparando seus decretos visando colocar a mão na grana federal que chegará aos informais por três meses. Se mal utilizado esse recurso, será outro duro golpe aos brasileiros que já sofrem as mais duras consequências da politicalha.
Como os governos e prefeituras não costumam ter levantamento dos informais, a não ser persegui-los e atormentá-los, é certo que isso abrirá brechas para desvios por meio de informais fantasmas que irão receber indevidamente os valores em troca de voto.
Informais nesse país são sinônimo de ilegais e até mesmo criminosos, por isso correm o risco de mais uma vez serem excluídos dos benefícios porque ninguém sabe oficialmente quem são eles e onde atuam. É mais um escândalo que está por vir via prefeituras. Por isso a necessidade de os órgãos fiscalizadores e legisladores ficarem atentos a isso antes que vire uma máfia.
*Colunista