Em 2019, Roraima registrou 324 casos de tuberculose. Os dados são do Núcleo Estadual de Controle da Tuberculose (NCTB), da Secretaria de Saúde do Estado, a Sesau. A rede hospitalar concentra 50% da carga de demandas por tratamento, a maior parte deles no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento). Esse resultado é atrelado, segundo o NCTB, principalmente ao diagnóstico tardio e ao baixo desempenho das redes municipais básicas de saúde no atendimento a esses pacientes.
Ao todo, 19 mortes por tuberculose foram registradas no ano passado. Os homens são os mais acometidos pela doença, representando 68% do total de casos, e a faixa etária mais vulnerável é a de 20 a 64 anos, com 240 registros.
Ainda segundo o NCTB, nos dois primeiros meses de 2020 já foram diagnosticados 59 casos, com registro de quatro mortes confirmadas (6,8%). O esperado pelo Ministério da Saúde é que seja menos que 5%.
Entenda a doença
A tuberculose continua sendo mundialmente um importante problema de saúde. No Brasil, são registadas por ano cerca de 4,5 mil mortes pela doença. A transmissão ocorre por via respiratória, por meio de espirro, tosse ou fala, quando partículas do MTB (Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch) são expelidas no ar.
O tratamento contra a tuberculose é diário e contínuo, ou seja, não pode ser interrompido, podendo ser realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A duração é de aproximadamente seis meses e todo o processo é assistido por um profissional de saúde.
