A crise na Polícia Civil é resultado da inabilidade de uma administração que não fala uma linguagem só nem pensa estrategicamente nas consequências de suas decisões.  Ou chefe do Executivo toma as rédeas de todas as situações, ou corre o risco de carimbar decisões como essa, que privilegia uma categoria em prejuízo às demais.

Claramente, há um indicativo de que, enquanto o dono da caneta fica brincando de ser governador nas redes sociais com as ações mais gerais, que não impactam politicamente, há alguém dando direcionamento nas decisões mais importantes, como essa de privilegiar delegados da Polícia Civil.  O resultado é isso o que estamos vendo, uma queda de braço sem fim dentro da Segurança Pública.

Um áudio que vazou de um grupo de delegados, recentemente, proporciona a  verdadeira impressão que muitos têm do governador nessa política do oba-oba, de ficar com os apetrechos para ilustrar as redes sociais, enquanto o cerne do governo fica nas mãos de alguém que toma as decisões em seu lugar.

É como se o governador tivesse decidido ficar apenas nas decisões do agronegócio e dos penduricalhos sociais, enquanto alguém fica sendo o “ghost governor”, uma espécie de “ghost-writer” que escreve as decisões mais importantes de governo só para o chefe do Executivo só assinar. Pelo menos é isso o que transparece nas seguidas trapalhadas administrativas que provocaram essa fissura na estrutura da Polícia Civil.

Ou o chefe do Executivo retoma as rédeas desse governo, ou iremos continuar nessa pasmaceira de um Estado que não consegue avançar para sair desse atoleiro que vem sendo ampliado a cada governo. O nó está feito e precisa ser desatado enquanto há tempo de consertar.

*Colunista

 

 

 

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