Como houve ocorrência de chuvas atípicas até o fim do ano passado, em várias regiões do Estado, os incêndios e queimadas deram uma aliviada. Mas, com a volta da estiagem nesse início de ano, os focos de incêndios começam a ser registrados, especialmente na região do Município do Amajari, ao Norte de Roraima.
O fato é que o Governo do Estado não tem estrutura nem um plano definitivo para o enfrentamento e prevenção aos grandes incêndios. Se não chover nas próximas semanas, a situação ficará crítica em algumas regiões, com o governo apenas fazendo ações paliativas de combate ao fogo, sem poder fazer muita coisa. Foi assim no ano retrasado, quando foi usada a justificativa de que o atual governo acabara de assumir o mandato.
No entanto, até hoje tudo continua como antes, com o Corpo de Bombeiros fazendo o possível, dentro de suas limitações, para atender aos chamados para combater incêndio em grandes proporções no interior do Estado.
Além de não ter um plano efetivo de prevenção e combate a queimadas e incêndios, também inexiste nada organizado para enfrentar o período de chuvas, quando populações inteiras ficam ilhadas em vicinais e regiões longínquas, bem como estradas e vicinais que se transformam em atoleiros que prejudicam pequenos e grandes produtores.
Como o Governo do Estado está todo mobilizado apenas para o agronegócio, será difícil acreditar que algo mude com relação a esses problemas históricos provocados pela estiagem e pelos invernos rigorosos. Os pequenos produtores continuarão sendo acossados pelo fogo, no verão, e palas fortes chuvas, no inverno, como sempre vem ocorrendo historicamente desde o surgimento desse Estado.
Enquanto isso, quem viaja por esse Estado percebe diariamente o fogo avançando no lavrado às margens das rodoviais, invadindo propriedades e provocando estragos no meio ambiente e na economia dessas regiões. Passivo, o governo finge que não está vendo nada, até que os problemas se transforme em notícia ruim em nível internacional.
*Colunista
