O coronavírus surge no momento em que as pessoas têm amplo acesso à internet e estão globalmente conectadas pelas redes sociais. Mas isso não significa estar melhor informado, porque muitos não estão usando essa fantástica ferramenta para o bem e para o conhecimento.
Mesmo com ampla informação por meio da rede mundial, uma ampla maioria não toma cuidados básicos que podem evitar várias doenças, inclusive essa nova que surgiu em uma cidade chinesa, como o hábito de lavar as mãos; e lavar de forma correta, e não apenas jogando água ou um sabão líquido de qualquer forma.
Quando estourou o caso da morte de bebês no berçário da maternidade púbica de Roraima, no final da década de 1990, descobriu-se que sequer os profissionais de saúde que trabalhavam no berçário lavavam as mãos, o que poderia ter salvado vidas de vários bebês que morriam de infecção generalizada.
Os anos se passaram, o volume da produção de conhecimento aumentou espetacularmente e a disseminação de informações ganhou rapidez por meio da internet, mas as pessoas parecem não acompanhar essa rápida evolução, inclusive muitos regredindo, como se tornar contra as vacinas ou achar que a Terra tem formato de uma pizza.
Nesse contexto, o coronavírus tem sido usado nas redes sociais para disseminar mais mentiras, preconceitos contra a cultura chinesa e muita desinformação como forma de alarmar pessoas incautas, aquelas que usam a internet apenas como receptadoras passivas de todo tipo de lixo, principalmente mentiras, as quais foram rebatizadas como fake news.
Provocar pânico nas pessoas é a principal ferramenta para manter a alienação, que é o grande mal da humanidade. Pessoas desinformadas, com baixo nível de escolaridade e alimentadas por mentiras e paranóias serão sempre a grande arma dos poderosos. O coronavírus é apenas mais uma doença que pode ser evitada com ações rápidas das autoridades, atos pessoais de higiene básicas por parte das pessoas e informações corretas para a população.
O resto é instrumento de manipulação ou tentativa de deixar as pessoas mais incautas apavoradas dentro de suas limitações, assim como sempre ocorreu no passado bem recente. As guerras provocadas por governos e a violência urbana nos grandes e pequenos centros urbanos provocam genocídios todos os dias, mas ninguém se alarma por isso.
*Colunista