A Polícia Civil prendeu cinco pessoas nesta quarta-feira (27) suspeitas de sequestrar e matar a jovem Viviane da Silva Formoso, de 24 anos, no município de Rorainópolis. A vítima foi morta com 18 facadas, durante um tribunal do crime armado pela própria amiga.
De acordo com as informações da Polícia, que localizou os suspeitos durante a Operação ‘Aboiz’, a jovem foi sequestrada no dia 29 de agosto e executada no dia seguinte. O corpo da vítima foi localizada pelos tios, na vicinal 34, uma área rural de Rorainópolis.
A investigação aponta que Viviane foi submetida ao “tribunal do crime” e morta em decorrência da “guerra” entre organizações criminosas. Por ser amiga de integrantes de duas facções criminosas rivais, havia a suspeita de que ela estaria “entregando” alguns criminosos para um grupo rival.
A delegada de Rorainópolis, Suébia Cardoso, iniciou as investigações logo após a notícia do crime e representou pela prisão de nove pessoas. Dos nove investigados, a Justiça decretou a prisão de cinco deles.
Foram presos: Talia Lima da Cunha, de 22 anos, amiga da vítima e apontada pela Civil como uma das pessoas que a levou para o cativeiro, e os executores João Vítor Lopes, chamado de “Branco”, 20, Samuel dos Santos Rodrigues, o “Patrick ou Capa Preta”, 20, Guilherme Soares Izídio, apelidado de “Pesadelo”, 20, e Jesus Rael Fernandez Quintana, apelidado de “El Tigre”.
Os outros envolvidos identificados são: José Domingos Ribeiro da Silva, apelidado de “Baixinho”, de 30, dono do local que foi o cativeiro, a esposa dele Liliane de Jesus Dantas, 26, Geisa Albuquerque da Silva, 22 anos, que esteve no local e presenciou o crime, e Mizael da Silva Campo, apelidado de “Samurai”, também apontado como executor. Esses ainda não foram localizados.
Também foi decretada a busca domiciliar para a localização de aparelhos de telefone celular e eletrônicos de cinco dos investigados, caso estivessem portando os equipamentos no momento da abordagem. Ainda foi decretada a busca e apreensão de telefones celulares de mais dois dos investigados.
Operação Aboiz
Aboiz significa traição, cilada, emboscada. O nome remete a essa situação de traição, porque a vítima foi levada para o cativeiro pela própria amiga, com quem nutria um sentimento de confiança.
Durante os trabalhos, a Polícia Civil realizou a prisão em flagrante por tráfico de drogas de Fábio Bezerra Maria, apelidado de “Loirinho”. Os policiais já tinham informações de que ele estaria traficando drogas na região.
Durante a abordagem foram apreendidas duas porções de maconha na posse dele, além de R$ 115, uma caixa de som e um motosserra furtado recentemente na região.
