A população carcerária brasileira cresceu oito vezes em três décadas e chegou a 750 mil presos, a terceira maior do mundo, facilitando cada vez mais o processo de seleção de novos integrantes para as facções criminosas do país.

A promessa do presidente da República, Jair Bolsonaro, de conter a criminalidade crescente o coloca em rota de colisão com as facções das prisões.

Em uma estratégia revelada à agência Reuters, autoridades de segurança de alto escalão disseram que planejam isolar os chefes das facções, intensificar a vigilância, construir mais cadeias e enviar forças federais a sistemas prisionais em crise.

A estratégia já começou a ser implementada nos primeiros meses de governo. A transferência dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para presídios federais espalhados pelo Brasil foi intermediada pelo ministério da Justiça e Segurança Pública, liderado por Sérgio Moro.

Em declaração feita no dia 25 de fevereiro, Moro celebrou a realocação dos bandidos:

“A ação foi eficaz e sem incidentes, ao transferir [líderes do PCC] para presídios federais distantes de seu local específico de poder. Essa ação de isolamento é importante quando se lida com organizações criminosas.”

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