Foto: Secom Roraima

Sem médicos na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a ‘maternidade de lona’ a gestante, Nívia da Silva, sofre com fortes dores na espera de atendimento na unidade. De acordo com a acompanhante da paciente, que preferiu não ser identificada, ela chegou na maternidade na tarde de quinta-feira (20). Contudo, a equipe não a levou para o leito e a mulher permanece em uma cadeira tendo fortes dores em razão das contrações. Além disso, apenas enfermeiras estão dando assistência a Nívia.

“Ela está sentindo muitas dores e está até vomitando. Só vem fazer o toque nela e dizem ‘Ah, é normal você está entrando em trabalho de parto, pois é o primeiro filho’. Só que os enfermeiros também dizem que não tem médicos para avaliar ou então passar uma ultrassom e escutar o coração do bebê”, explicou.

Do mesmo modo, na manhã de hoje, a acompanhante chegou a procurar pelo atendimento médico a Nívia e recebeu a confirmação da informação que nenhum médico faria atendimentos nesta sexta-feira (21). “Está sem médico desde 00h e falaram hoje de manhã que não tem médico. Fui lá atrás, perguntei que horas o médico viria e disseram: ‘não virá médico e não terá médico hoje.”

Além disso, uma outra gestante que preferiu não se identificar e que está com 37 semanas, disse que está internada na sala do pré-parto. Ela relatou à reportagem que tem diabetes gestacional e não recebe atendimento prioritário.

“Ficamos aqui esperando a boa vontade deles e dizem que a gente não é prioridade. No meu caso por exemplo, tenho diabetes gestacional e o bebê está atravessado e dizem que não sou prioridade. A prioridade é que está passando mal, no entanto, a prioridade seria tirar o bebê, pois ele está com peso e tamanho grande. Não tem médicos”, finalizou a mulher.

A reportagem procurou a Secretaria de Saúde (Sesau) para esclarecimentos sobre o caso. Por meio de nota, a Sesau negou a denúncia da falta de médicos e disse que o atendimento segue normalmente após ajuste.

Por fim, disse que reclamações acerca do serviço e atendimento nas unidades hospitalares também devem ser feitos na Ouvidoria para apuração e providências.

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