A Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou que no último domingo (24), quando efetuava uma das travessias, o motor do rebocador deixou de funcionar e a balsa do Passarão, que interliga a região da Vila do Passarão a 27 comunidades indígenas do Baixo Rio Branco e Baixo São Marcos, ficou à deriva, encalhando em um banco de areia a 20 quilômetros de distância do porto.
Deste modo, foi encaminhada uma equipe de manutenção para o local para desencalhar a balsa, o mais breve possível. Contudo, o trabalho é complexo e necessita de mergulhadores profissionais para auxiliar no serviço.
Mais de 95% dos usuários da balsa Trombetas são indígenas, oriundos das Terras Indígenas São Marcos e Raposa Serra do Sol e cerca de 25% das travessias são realizadas fora dos horários programados, para “remoção” de pacientes da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena).
“Temos buscado parcerias com instituições federais que atendem indígenas, porém até o presente momento não conseguimos fechar nenhum acordo”, informou a Seapa.
Falta de combustíveis
Quanto às denúncias sobre a falta de combustível para a operação da balsa, o governo disse que a situação será normalizada até o fim de semana.
“Esclarecemos que a empresa contratada para o serviço [de abastecimento de combustíveis] não renovou o contrato e, por isso, foi feita adesão a uma ata de registro de preços para a contratação de um novo fornecedor, sendo que o processo está em fase de empenho e o serviço deve ser restabelecido até o final do mês”, diz o comunicado.