Foto: Arquivo/Agência Brasil

Em abril de 2024, os índices de todas as regiões geográficas mostram confiança dos empresários industriais, embora tenham apresentado variações distintas entre as diferentes regiões geográficas na passagem de março para abril. As informações são da pesquisa Resultados Setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O gerente de análise da CNI, Marcelo Azevedo, informa que os índices de confiança mostram queda na região Norte (52,6 pontos) e no Sudeste (50,4), mas apresentou crescimento no Nordeste.

“O índice referente ao Nordeste mostra uma leve alta de 0,7 pontos, após dois meses de quedas consecutivas, totalizando 54,9 pontos. Os índices referentes ao Centro-Oeste e à região Sul mostram variações pequenas, próximas da estabilidade”, pontua.

Segundo a pesquisa, de março para abril de 2024 a confiança diminuiu em 21 dos 29 setores da indústria considerados, enquanto aumentou em sete, com um setor permanecendo estável no mês. Azevedo ressalta que, ainda assim, em abril de 2024 18 dos 29 setores da indústria considerados estão confiantes.

Os setores mais confiantes são: Manutenção e reparo (59,0 pontos), Biocombustíveis (55,9), Farmoquímicos e farmacêuticos (55,5) e Veículos automotores (54,2).

Já os setores que apresentam menos confiança são: Produtos minerais não-metálicos (45,9 pontos), Madeira (46,6), Móveis (47,8) e Perfumaria, limpeza e higiene pessoal (48,2).

O economista Cesar Bergo aponta que entre os fatores que podem ter contribuído para a queda da confiança está a taxa de juros, que continua elevada e dificulta os empréstimos e financiamentos.

“As incertezas econômicas, sobretudo no campo internacional, vão gerando algumas desconfianças. Não tenha dúvida que o aumento do custo de produção, gerados, principalmente, pela questão financeira e impactado pelo mercado internacional, como a subida do dólar, um agradecimento do petróleo, são aspectos que pesam na confiança”, explica.

Expectativas

De acordo com Bergo, o cenário internacional deve impactar também nas previsões para os próximos meses.

“Está bastante difícil o reconhecimento da guerra no Oriente Médio. Você tem a questão também da guerra na região da Ucrânia e da Rússia, tem os impactos da política monetária americana restritiva”, enfatiza.

Ele explica que tudo isso acaba abrindo margem para que os empresários não acreditem nas perspectivas de queda de juros, impactando diretamente o setor industrial.

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