Uma mãe de aluno da Escola Estadual Militarizada Cícero Viera Neto, em Pacaraima, entrou em contato o Roraima 1 para relatar que a unidade, que é a única de gestão estadual no munícipio, está com turmas superlotadas e os alunos estão sendo transferidos para uma escola municipal Escola Municipal Casemiro de Abreu estão tendo que estudar à noite.
“Muitos adolescentes em uma sala de aula. O estudo defasado pela quantidade de venezuelanos e os brasileiros estão tendo que se adaptar a eles, e não o contrário. Alunos de 14 anos a 17 anos estão estudando de 19h as 22h30 porque não tem escola”, reclama.
O colégio atende aproximadamente 1,2 mil alunos. Desses, 600 são venezuelanos. A escola foi militarizada em fevereiro de 2018, por meio de parceria entre a Seed (Secretaria de Educação e Desporto) e a Polícia Militar de Roraima para compartilhar a gestão das escolas estaduais.
Os pais reclamam ainda que a escola tomou a decisão sem diálogo e que alguns alunos começaram o ano letivo com atraso.
“A gestão decidiu sem pedir opinião dos pais passar algumas turmas de 1º, 2º e 3º ano do ensino médio para noite em outra escola. Inclusive, os alunos de 6º ano começaram as aulas no mês passado porque não tem escola”, complementa
Secretaria de Educação e Desporto (Seed)
A Secretaria de Educação e Desporto informa que, desde o último dia 22 de maio, 433 estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Militarizado Cícero Vieira Neto, de Pacaraima são atendidos no prédio da Escola Municipal Casimiro de Abreu, após assinatura de Termo de Cooperação Técnica entre o Governo de Roraima e a Prefeitura de Pacaraima.
Esclarece que os pais dos alunos foram informados sobre a mudança predial das três séries do Ensino Médio presencialmente, com assinatura de ata e depois com comunicado impresso. A medida é temporária e ocorre durante o processo de reforma da unidade escolar, que está em andamento na Secretaria de Infraestrutura, em fase de análise da Controladoria Geral do Estado para emissão de parecer e início da licitação.
Informa que a iniciativa é uma alternativa para atender de forma imediata a alta demanda de matrículas da unidade de ensino, que hoje conta com 1.580 estudantes (destes, 933 são de origem venezuelana) e assim garantir o acesso à educação.