Países estão avaliando um esboço para o acordo final do clima na COP27 neste sábado (19), com alguns negociadores dizendo que estão próximos de avançar em iniciativas para indenizar países pobres que já sofrem com impactos custosos das mudanças climáticas.
A agência climática da ONU publicou um novo esboço de acordo neste sábado, mas imediatamente claro se todos os 197 governos da cúpula deste ano irão apoiá-lo.
Horas antes, autoridades dos 27 países da União Europeia disseram que estão prontas para se afastar das negociações caso o acordo não avance nas iniciativas para conter o aquecimento global ao exigir que países adotem medidas mais ambiciosas para cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa.
“Preferimos sair sem uma decisão, do que com uma decisão ruim”, disse o diretor de política climática da UE, Frans Timmermans.
Ele expressou preocupações de que alguns países estariam resistindo aos esforços para cortes mais ousados de emissões de poluentes. Timmermans não nomeou os países.
O resultado da conferência de duas semanas, que deveria ter terminado na sexta-feira, é visto como um teste sobre a determinação global para combater as mudanças climáticas, mesmo com a guerra na Europa e a inflação distraindo as atenções mundiais.
Com países ainda divididos sobre uma série de assuntos importantes na manhã de sábado, o presidente egípcio da COP27 Sameh Shoukry pediu que os delegados “se levantem para a ocasião” e se unam em torno de um acordo final.
O último esboço não é o final, já que contém um espaço reservado para arranjos de financiamento para “perdas e danos”, o dinheiro exigido por países em desenvolvimento que estão sofrendo prejuízos por eventos climáticos como inundações, secas, e aumentos nos níveis dos oceanos.
Mas os países disseram que estavam próximos de um acordo para estabelecer um fundo para isso, e a agência climática da ONU publicou uma versão prévia do texto que, segundo vários negociadores, tem amplo apoio.