Em meio ao segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou, nesta quarta-feira (6), a nomeação de policiais rodoviários federais. O período é vedado para esse tipo de nomeações, mas há exceções e foi isso que justificou o governo.
A lei eleitoral proibiu, a partir do dia 2 de julho, quaisquer atos de gestão de pessoal na Administração Pública, como nomeações, demissões sem justa causa, remoções, transferências ou exonerações até o dia das eleições.
O governo alegou que se trata de uma ação “necessária ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais”.
Bolsonaro já havia autorizado a nomeação de 560 policiais federais, entre eles delegados, agentes e escrivães, a três dias das eleições. Desta vez, no entanto, o Palácio do Planalto não informou o número exato de policiais que serão nomeados, mas afirmou que o limite será de 625.
Os dois grupos de policiais são base de apoio de Bolsonaro. Ao sancionar as diretrizes do orçamento de 2023, em agosto, o chefe do Executivo frustrou as categorias ao vetar o item que previa o reajuste de salário específico para policiais e integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).