Terra Yanomami em Roraima. Foto: Leonardo Prado/PGR

O Ministério da Defesa ignorou um pedido de ajuda feito no fim de julho pela Polícia Federal para uma ação de retirada de invasores de uma terra indígena no Pará. O pedido feito pela PF foi de auxílio e logística na operação, montagem de alojamento para os agentes e para os auxiliares da Força Nacional de Segurança Pública, vinculados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A justificativa seria que não há contingente suficiente para dar apoio a esta operação, porque o Ministério da Defesa já estaria com forças concentradas na Terra Yanomami em Roraima, portanto, a operação do Pará precisaria aguardar.

“No mesmo período solicitado pela PF, as Forças Armadas se encontram auxiliando a Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça, em ações na terra indígena Yanomami, em Roraima. Atuam também em apoio à operação Guardiões do Bioma, em Humaitá, no Amazonas”, informou o Ministério da Defesa em nota.

Investigadores que estão a frente dessas ações comentam que é recorrente a negativa de apoio, ainda que fiquem claros nas solicitações que o ônus pela ação será arcado pela Polícia Federal, com ressarcimento por meio de remanejamento orçamentário. Recentemente houve outra negativa em apoio logístico de aeronaves para ações de fiscalização, pois o helicóptero da PF estava sendo usado em Manaus, a 600 km do terrítorio Yanomami.

O exemplo citado, inclusive, diz respeito à própria Terra Yanomami, em Roraima. Pela estimativa de associações indígenas, 20 mil exploram garimpos ilegais na região sustentados por donos de máquinas e aeronaves. Na ocasião, um helicóptero da

A desintrusão no Pará ocorre em sete territórios após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF): Yanomami, Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Arariboia, Mundurucu, Kayapó e Trincheira/Bacajá.

 

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