Para buscar melhores condições de plantio nas áreas indígenas de Roraima, a Secretaria do Índio (SEI) enviou amostras de solo de nove cidades para o laboratório da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Nas 113 comunidades indígenas que receberam a equipe do SEI, foram realizadas 102 coletas de solo.
Segundo Marcelo Pereira, titular da pasta, o objetivo é obter recomendações de fertilizantes ideais para as áreas de cultivo de milho e feijão.
“Esse processo é utilizado para ter indicação correta da adubação e também a diminuir o desperdício de adubo. Então a Embrapa vai emitir um laudo com os índices de matéria orgânica, magnésio, fósforo, potássio, entre outras coisas e, em cima disso, a gente dimensiona e, conforme a formulação indicada para o milho e o feijão, faz a recomendação do quantitativo de adubo e o corretivo, que é o calcário e o fósforo”, explica.
Cirlândia Phulmati, engenheira agrônoma da SEI, explica que o tempo médio de coleta é de 20 centímetros por hectare de terra. Segundo ela, o grupo de trabalho é selecionado no mesmo local.
“Membros do grupo me acompanham até a área onde eu faço a retirada do solo que é 20 centímetros daquele solo. Com essas amostras eu faço uma mistura e a partir daquele polo eu separo de 250 a 300 gramas para serem enviados para a Embrapa”, destacou.
Com o envio das amostras para a Embrapa, são registradas todas as notas de plantio, desde as necessidades nutricionais até às demais questões. “No caso, tem polos que preferem o milho e outros o feijão. Esses são os grãos contemplados no projeto”, concluiu a engenheira.