Professora participará de encontro sobre mãe e pai cientista - Foto: Divulgação/Estácio

Debater os desafios e as consequências de quem concilia a maternidade e a carreira como cientista no Brasil. Essa é a principal finalidade do movimento Parent in Science, criado em 2016. Este ano, o projeto instituiu embaixadores por mais de 80 localidades no país. A embaixadora de Roraima será a bióloga e professora da Estácio da Amazônia, Eliza Ribeiro Costa.

A pesquisadora, além de estar entre as cinco profissionais escolhidas na região Norte, é uma das duas cientistas de instituições de ensino superior privada na lista dos embaixadores.

“Todos os selecionados são funcionários de instituições públicas. Com exceção de mim e uma professora de São Paulo. Eu vejo como uma oportunidade de falar sobre a vida de mãe professora no setor privado, além de levar a bandeira da Estácio, que é uma excelente empresa para mãe pesquisadoras e por esse motivo eu me senti encorajada a concorrer”, ressalta Eliza.

Ela conta que conheceu o movimento Parent in Science no ano passado por meio das redes sociais e se identificou de cara com a finalidade do projeto. “É um grupo formado por cientistas [pais e mães] que resolveu falar sobre os desafios da maternidade ou paternidade na carreira e do universo da ciência, discutindo sobre quais os tipos de impactos um filho traz na vida da mulher e do homem pesquisadores”, explica.

Eliza é mãe de Gael de 11 anos, Zaira de 3 anos, e madrasta de Júlia, de 15 anos. E a maternidade sempre esteve presente em suas atividades de pesquisa como aconteceu com o mestrado, durante a gravidez de Gael. “E continuei trabalhando, pesquisando e orientando quando estava grávida da Zaira. Acredito que maternidade não precisa ser algo delimitante na vida de uma pesquisadora”, afirma.

Agora, além das salas de aula, pesquisa em campo e a maternidade, a professora passa a ter o desafio de representar Roraima e a Estácio no projeto da Parent in Science. “Ser mãe, professora, pesquisadora de Instituição privada é algo desafiador, mas igualmente gratificante e pretendo contribuir da melhor forma que eu puder para que tenhamos mais pais querendo produzir ciência no Estado”, ressalta.

Uma das missões como embaixadora será o diagnóstico do perfil das mães cientistas do estado de Roraima. Além disso, é missão como representante do movimento promover encontros e discussões sobre o assunto nos mais diversos espaços.

“Acredito que ser embaixadora de um projeto tão importante como esse me permita apoiar outros pais através de ações e diagnósticos em âmbito local. Precisamos primeiro entender o perfil desses pais pesquisadores aqui no Norte, seja ele docente ou aluno de graduação ou pós”, explica.

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